quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Após PF apontar contradições em depoimento, Mauro Cid será ouvido por Moraes nesta quinta; entenda o que está em jogo

Após a Polícia Federal apontar omissões e contradições no depoimento de Mauro Cid, o tenente-coronel será ouvido na tarde desta quinta-feira (21), no Supremo Tribunal Federal (STF).A audiência foi marcada pelo ministro Alexandre de Moraes, que deve conduzir a reunião. No documento em que marcou a oitiva, o ministro pontuou que o procedimento era necessário "em virtude das contradições existentes entre os depoimentos do colaborador e as investigações realizadas pela Polícia Federal" no âmbito da operação Contragolpe, que mostrou detalhes da trama de militares para um golpe de Estado e o assassinato de autoridades em 2022.Na terça-feira (19), a ação da polícia levou à prisão quatro militares e um policial federal, acusados de planejar a morte do presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o próprio Moraes. No mesmo dia, em depoimento aos investigadores, Cid negou que soubesse dos preparativos.Os policiais estão convencidos de que Cid omitiu informações e nomes ao longo da colaboração premiada. E que o teor das apurações feitas até o momento contradizem a versão defendida pelo militar no depoimento de terça.A decisão sobre o destino da colaboração prestada por Mauro Cid será de Moraes. Ao convocar a audiência, o ministro afirmou que ela servirá para "esclarecimentos relacionados aos termos da colaboração (regularidade, legalidade, adequação e voluntariedade)".Esses requisitos estão previstos na lei que traz as regras para a delação. Se não forem cumpridos, o acordo pode ser desfeito. As provas obtidas a partir das declarações, no entanto, podem ser mantidas Ao blog da Andréia Sadi, a defesa do militar afirmou que não existe motivo para que Cid perca os benefícios de delação premiada. E que, se o acordo for anulado, ele vai recorrer da decisão.A delação premiada de Mauro Cid já esteve em jogo em março deste ano. Na ocasião, o militar foi preso depois de prestar depoimento no Supremo, após a divulgação, pela revista Veja, de áudios em que ele se dizia pressionado nos depoimentos que prestou à polícia.  Fonte G1.com

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