terça-feira, 25 de maio de 2021

Veja o que é #FATO ou #FAKE nas declarações da secretária Mayra Pinheiro na CPI da Covid

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, presta depoimento nesta terça-feira (25) na CPI da Covid no Senado.A equipe do Fato ou Fake tem checado as principais declarações de Mayra, conhecida como “capitã Cloroquina”.Esta reportagem está em atualização; novas checagens serão incluídas.A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Embora afirme que o Ministério da Saúde apenas orientou o uso de cloroquina contra a Covid-19, e nunca o recomendou, a pasta já indicou, sim, que o medicamento fosse usado na forma de “tratamento precoce” na pandemia. Integrantes do ministério, inclusive a própria secretária, também pressionaram pelo uso do medicamento sem comprovação científica em diversas ocasiões. Em nota publicada no dia 20 de maio do ano passado, o ministério divulgou “diretrizes para tratamento medicamentoso de pacientes” com o novo coronavírus. E o texto afirma: “As recomendações publicadas nesta quarta-feira (20) são para o tratamento precoce, com cloroquina e hidroxicloroquina, de pacientes com Covid-19, no Sistema Único de Saúde (SUS)”.Em uma publicação no Twitter, em 18 de novembro do ano passado, o Ministério da Saúde sugere a pacientes com Covid-19 que solicitem o tratamento precoce em uma unidade de saúde. Houve publicações similares ao longo da pandemia. A própria nota informativa nº 17, citada pela secretária em sua resposta à CPI, embora não recomende diretamente o uso da cloroquina, orienta o uso do remédio devido à “inexistência, até o momento, de outro tratamento eficaz disponível para a Covid-19".Mayra também pressionou pelo uso da cloroquina em janeiro, ao enviar um ofício a Manaus, durante a crise do oxigênio na cidade. Na ocasião, afirmou ser "inadmissível" não adotar o chamado “tratamento precoce”, que inclui o medicamento. Esse documento foi citado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), durante a sessão desta terça. O Ministério da Saúde também distribuiu a droga aos estados ao longo de toda crise sanitária, segundo dados da própria pasta. A distribuição foi mantida mesmo na gestão do atual ministro Marcelo Queiroga.Em janeiro, o Conselho Nacional de Saúde encaminhou um ofício ao Ministério da Saúde pedindo a revogação de qualquer instrumento (nota técnica, nota informativa, orientações, protocolos ou ofícios) que incentive o uso de medicamentos para Covid-19 sem eficácia e seguranças comprovadas e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fonte G1.com

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