A entrevista concedida pelo pastor Evandro Cunha ao Portal O Sobralense (AQUI), nesta terça-feira (21/10), reacendeu o debate sobre a forma como a política vem sendo conduzida em Sobral. Em tom de desabafo, Evandro afirmou que “se eu não tivesse participado da campanha do Dr. Oscar, com certeza a Izolda seria a prefeita de Sobral hoje”, deixando claro o papel que acredita ter desempenhado na vitória do atual gestor. A fala, no entanto, chega em meio a uma crise política provocada pelo vazamento de áudios em que o pastor cobra da prefeitura um valor em dinheiro que, segundo ele, seria referente ao “salário prometido” pela gestão. O conteúdo das gravações gerou forte repercussão nas redes sociais e culminou na demissão de Evandro Cunha do cargo que ocupava no governo municipal. Mais do que um caso isolado, o episódio levanta questionamentos sobre o tipo de relação que vem sendo construída entre a gestão pública e seus aliados. A naturalidade com que o pastor trata a cobrança de valores e a forma como associa sua atuação política a recompensas financeiras revelam um traço preocupante do atual cenário político sobralense: o de que a lealdade e o apoio eleitoral podem ser convertidos em moeda de troca. Enquanto a prefeitura tenta conter o desgaste, cresce na opinião pública a percepção de que a gestão do prefeito Oscar Rodrigues enfrenta sérias dificuldades para administrar não apenas os desafios administrativos, mas também as tensões internas geradas por compromissos políticos assumidos durante a campanha.O episódio expõe, mais uma vez, o quanto a mistura entre fé, poder e interesses pessoais pode comprometer a credibilidade de uma gestão que se dizia marcada pela transparência e pela renovação.
Fonte Blog Sobral em Revista.
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