quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Mortes por Covid-19 em Fortaleza aumentam 295% em três meses



A tendência positiva da redução de óbitos pela Covid-19, vivenciada em Fortaleza no período entre maio e outubro do ano passado, já ficou para trás. Desde novembro, a Capital passou a registrar uma elevação no número mortes mês a mês. Os dados foram confirmados pela plataforma IntegraSUS, mantida pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Ainda em 2020, o menor número mensal de mortes havia sido contabilizado em outubro, quando 43 pacientes vieram a óbito pela infecção na cidade. No mês seguinte, a quantidade saltou para 90. O ritmo crescente se manteve em dezembro – com 159 mortes – e em janeiro de 2021, chegando a 170, um aumento de aproximadamente 295,3% em três meses. Por trás dos números, permanecem as vidas que convivem com a perda. Na família da autônoma Thassia Cristine Rodrigues, a lembrança remete ao seu marido Juan Ignacio, que faleceu no último dia 31 de janeiro aos 42 anos. Ela conta que, a princípio, a esperança era de que ele se recuperasse rápido, já que o único sintoma que notou foi a falta de ar e logo começou a tomar os medicamentos recomendados. Nos primeiros dias, o quadro de Juan era estável. A pior se deu depois, aos poucos, até ser necessária a internação em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Ele precisou ficar lá, sempre em alerta de que a qualquer momento ele poderia ser intubado. Com três dias de UTI, ele precisou ser intubado, foi em uma quinta ou sexta-feira, se não me engano. No domingo, ele faleceu”, lembra Thassia.Nesse curto período, ainda na madrugada de sábado, Juan teve uma queda brusca de pressão, e seu quadro foi estabilizado logo em seguida. Ele convivia com a obesidade. “Quando foi no domingo, por volta de 11h, a gente recebeu a notícia de que ele teve uma pneumonia e falência dos órgãos. Aconteceu tudo muito rápido”, lamenta. “Talvez se ele tivesse com menos peso, poderia reverter. Mas essa doença tá aí pra desfazer o que os médicos falam. Não é só idoso e obeso que morre, ela tá aí pra qualquer pessoa”, afirma a autônoma. Ela acredita que, de agora em diante, o que pode fazer é redobrar os cuidados para evitar que a infecção acometa qualquer outra pessoa mais próxima. 

Fonte Diário do Nordeste.

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