O Ceará é o estado com o segundo maior volume financiado pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), gerido pelo Banco do Nordeste (BNB), conforme balanço do primeiro semestre de 2018 divulgado pela instituição.Até 30 de junho deste ano, foram contratados R$ 1,9 bilhão, sendo R$ 1,2 bilhão em infraestrutura e R$ 764,8 milhões para demais setores. O total é superado pela Bahia, com R$ 4,3 bilhões.Dados após o balanço 8 de agosto apontam que o volume contratado já subiu para R$ 2,22 bilhões, dos quais R$ 1,03 são para infraestrutura. Os outros setores mais beneficiados com os recursos liberados foram comércio e serviços, indústria, rural e agroindustrial. Empréstimo à administradora do Aeroporto Internacional Pinto Martins, Fraport, ainda não entrou no cálculo. Segundo o banco, a operação de cerca de R$ 800 milhões ainda se encontra em fase final de análise.Nas regiões de abrangência do BNB Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo , conforme o balanço, foram contratados R$ 17,4 bilhões em um total de 2,4 milhões de operações de crédito. São R$ 12,33 bilhões do recursos do FNE, sendo R$ 6,37 bilhões para o setor rural (agricultura, pecuária), agroindustrial, industrial, Comércio e Serviços e Turismo. Para infraestrutura, foram R$ 5,95 bilhões.O aumento do volume de recursos contratados pelo Fundo, no período, ante igual de 2017, é de 93%. No ano passado, foram financiados R$ 6,39 bilhões. Se considerados apenas projetos de infraestrutura, o crescimento nas operações de crédito foi de 436%, na mesma base de comparação. Destacam-se apoio aos segmentos de portos e aeroportos (8,7% do total contratado no setor), energia (76,8%), saneamento básico e água (14,2%). Demais setores contabilizam 20,8%.No levantamento do dia 8 de agosto, esse volume de contratações subiu para R$ 19,7 bilhões, dos quais R$ 14 bilhões com recursos do FNE e R$ 5,7 bilhões com recursos de curto prazo, sendo R$ 5,06 bilhões no âmbito do programa de microcrédito urbano (Crediamigo). Até o primeiro semestre, o volume de recursos aplicado no FNE representa um salto de 86% em relação ao desempenho de igual período em 2017.O banco ainda obteve crescimento de 51,1% no lucro operacional no primeiro semestre, alcançando R$ 436,7 milhões. Além de alta no volume de contratações e desembolsos, Romildo Rolim, presidente do BNB, afirma que contribuíram para os resultados a redução do aprovisionamento para risco de crédito. O lucro líquido do exercício foi de R$ 231,8 milhões.O BNB atribui às novas taxas de juros do FNE, marcadas pela inclusão do Coeficiente de Desequilíbrio Regional (CDR) na fórmula de cálculo, o impacto nos números. O CDR funciona como um redutor. Representa a diferença entre a renda domiciliar per capita das famílias da Região Nordeste em relação a renda domiciliar per capita no Brasil. Desde julho de 2018, o CDR Nordeste é 0,64, segundo o IBGE. Assim, no cálculo da parte pré-fixada das taxas do FNE, há a aplicação de um desconto de 36%, tornando as taxas mais atrativas ante outros bancos.
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