sexta-feira, 20 de julho de 2018

Convenções partidárias: a hora do eleitor ficar de olho

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Aberta a temporada de convenções partidárias, que se estendem até o dia 5 de agosto, é hora de o eleitor começar a ficar alerta. Nesse período, as legendas oficializam as candidaturas dos seus postulantes à Presidência da República e aos governos estaduais, apresentando, quando há, os partidos coligados e os postos de vice nas chapas.É precisamente nesta etapa que o novo governo (estadual ou federal) começa a ganhar rosto. E ele pode assustar. A fim de não ser surpreendido com a imagem que irá encontrar nas urnas nas próximas eleições, marcadas para 7 de outubro, convém ao cidadão e à cidadã redobrar as atenções no acompanhamento da costura dessas alianças partidárias e no anúncio das composições para a corrida eleitoral.Para o eleitorado, é especialmente importante começar a separar o joio do trigo desde já, distinguindo o que nos candidatos é apenas embalagem caprichada e excesso de adjetivação marqueteira do que é parte do conteúdo de fato. É aí que está o nó: cotejar discurso e prática, retórica e trajetória, principalmente numa disputa mais curta e de muita propaganda nas redes sociais, cuja dinâmica e velocidade nem sempre são possíveis de acompanhar.Mas não faltam exemplos de como levar essa tarefa crítica adiante. O exercício simples de comparação e consulta é um deles. Há farto conjunto de informação sobre os perfis dos partidos, as alianças prioritárias que estabelecem neste momento, seus padrinhos políticos e as bandeiras que desposam.Mais: se estão na mira do Ministério Público, se puniram integrantes flagrados com malas de dinheiro, se pretendem respeitar as cotas para candidaturas de mulheres, se tiveram participação nos esquemas recentes de corrupção e em que dimensão isso se deu. É ótimo ponto de partida.Outro diz respeito ao próprio candidato e a seu entorno, ou seja, virtuais aliados e currículo.Estas são as primeiras eleições presidenciais com a Operação Lava Jato em pleno vigor. Nos últimos três anos, a força-tarefa atingiu praticamente todo o espectro político brasileiro, que soma 34 siglas em atividade. Uns mais que outros. Em grande parte das legendas, porém, há casos de parlamentares investigados por malfeitos.Cabe ao eleitor agora mapear esse contingente suspeito e evitá-lo.Acresça-se ainda o desafio de tentar encontrar alguma novidade em meio a tantas figuras cuja imagem está associada ao que há de mais velho na política.

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